Volume em corretoras dobra no Brasil após disparada do dólar e novo recorde do Bitcoin

O dólar chegou a R$ 5,62 na manhã desta quinta-feira (10), apresentando uma alta de 3,3% após Donald Trump determinar uma tarifa de 50% para produtos brasileiros importados pelos EUA.

Já o Bitcoin ultrapassou os US$ 112.000 na tarde desta quarta-feira (9), estabelecendo uma nova máxima contra o dólar americano.

A movimentação do mercado agitou o mercado brasileiro. Segundo dados do MercadoCripto, o volume de negociações em corretoras de criptomoedas que operam no Brasil cresceu 106,8% nas últimas 24 horas.

Volume de negociação de criptomoedas dispara em corretoras que operam no Brasil. Fonte: MercadoCripto.
Volume de negociação de criptomoedas dispara em corretoras que operam no Brasil. Fonte: MercadoCripto.

Como comparação, o CoinMarketCap aponta que o volume global cresce 36,5% no mesmo período, mais um indício de que a agitação é local.

A maior busca é justamente pelo Tether (USDT), stablecoin atrelada ao dólar americano. Seu volume chega a R$ 600 milhões nas últimas 24 horas.

Na sequência aparecem Bitcoin e Ethereum, com R$ 357 milhões e R$ 135 milhões, respectivamente.

Tether (USDT) domina cerca de metade das negociações feitas por brasileiros em corretoras de criptomoedas nas últimas 24 horas. Fonte: MercadoCripto.
Tether (USDT) domina cerca de metade das negociações feitas por brasileiros em corretoras de criptomoedas nas últimas 24 horas. Fonte: MercadoCripto.

Bitcoin atinge nova máxima contra o dólar americano

Em ordem cronológica, o primeiro movimento que chamou a atenção do mercado foi o Bitcoin atingindo uma nova máxima histórica na tarde desta quarta-feira (9).

A alta foi súbita, fazendo a criptomoeda operar brevemente acima dos US$ 112.000. Isso foi suficiente para superar seu antigo topo registrado em maio deste ano.

Bitcoin superou os US$ 112.000 nesta quarta-feira (9), atingindo novo recorde de preço. Fonte: Bitstamp/TradingView.
Bitcoin superou os US$ 112.000 nesta quarta-feira (9), atingindo novo recorde de preço. Fonte: Bitstamp/TradingView.

Conforme muitas empresas estão realizando aportes semanais no Bitcoin, é possível que alguma grande compra institucional possa ter ocasionado a alta.

Apesar disso, o Bitcoin não superou seu ATH em outras moedas, tampouco contra o ouro.

Isso inclui o euro, cujo pico foi de € 105.951 em janeiro (chegando a € 95.553 na alta desta quarta), bem como o real brasileiro, cuja máxima de R$ 669.735 ocorreu em dezembro de 2024 (chegando a R$ 618.714 nesta quinta).

Portanto, esses dados podem falar mais sobre o dólar do que sobre o próprio Bitcoin.

Dólar dispara frente ao Real após tarifas de Trump contra o Brasil

Embora o movimento do Bitcoin afete somente um pequeno grupo de investidores, a variação do dólar tem um impacto muito maior na economia brasileira, afetando o preço final de diversos produtos.

A alta da moeda americana frente ao real aconteceu após Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% para a importação de produtos brasileiros pelos EUA.

O câmbio que estava a R$ 5,44 para US$ 1 chegou a R$ 5,62 em seu pico, subindo 3,3% antes de recuar para a atual região dos R$ 5,54.

Dólar dispara após Trump impor tarifas de 50% ao Brasil. Fonte: TradingView.
Dólar dispara após Trump impor tarifas de 50% ao Brasil. Fonte: TradingView.

O presidente americano já havia ameaçado outros países com taxas semelhantes. No entanto, adicionou falas sobre o STF (Supremo Tribunal Federal) e sobre as eleições brasileiras no texto direcionado a Lula, mostrando uma crise diplomática.

Fonte: Volume em corretoras dobra no Brasil após disparada do dólar e novo recorde do Bitcoin

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